Capa do livro Tudo é Filosofia título livro

  • Organização: Wallace Lopes Silva
  • Coordenação Pedagógica: Ludmilla Duarte
  • Livro com 160 páginas, papel alta alvura 90 gramas, formato 16x23 cm, impresso a 4/4 cores com fotos e ilustrações coloridas.
  • ISBN 978-85-62987-21-2
  • Realização: Hexis Editora
  • Preço de capa: R$ 52,00
  • Preço promocional de lançamento no site da editora: R$ 42,00
  • https://www.hexiseditora.com.br/

Aprendendo a pensar

“A filosofia guarda o conhecimento que o espanto mostrou. Se você não conhece a filosofia você não sabe o que é viver com a experiência que a vida te dá ao redor de sua vida.”

Ágatha Vianna Cleto Teixeira do Nascimento | 9 anos

Este belo livro reúne em textos e ilustrações o pensamento filosófico e a visão de mundo da turma do 5º ano do Ensino Fundamental I de 2017 do Colégio Divina Providência, no Rio de Janeiro. A oficina de filosofia com crianças é o resultado de um percurso iniciado em 2014.

Os estudantes se expressam inicialmente com brincadeiras coletivas, desenhos e palavras, para depois elaborarem seus pensamentos em frases sobre um determinado tema, chegando a conceitos complexos com suas visões sem limites ou formas pré-definidas, em conteúdos que vão da paixão pela filosofia à elaboração de uma carta para si mesmos no futuro.

Em resumo, a oficina de filosofia com crianças no Colégio Divina Providência promove experiências coletivas de pensamento filosófico, isto significa que estudantes e professores abrem o seu pensar, respeitando as diversidades uns dos outros e, juntos, constroem o conhecimento coletivo.

O livro nos traz uma parte inicial com a metodologia, fases, linguagem e objetivos do Projeto Educacional; os ensaios com os temas desenvolvidos pelos estudantes; uma pausa filosófica com sete textos de filósofos e professores sobre o projeto e o pensar infantil. É todo ilustrado com desenhos coloridos elaborados pelos alunos. A parte final tem a autobiografia e autorretrato dos filósofos kids, uma visão fotográfica do cotidiano escolar e a trajetória dos professores da equipe de pesquisa, terminando com um glossário filosófico escrito por crianças.

Informações adicionais


Professor Wallace Lopes Silva

Professor de Filosofia e História. Doutorando em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Urbanismo e Planejamento (IPPUR/UFRJ). Realizou estágio de Doutorado Sanduíche em Ciência da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Dep. Letras e Literatura /UFRJ) e em Música pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Música da UFRJ. Mestre em Relações Étnico-raciais pelo Programa de Pós-Graduação do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (PPRER/CEFET-RJ). Graduado nas áreas de Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IFCH/UERJ), e em História pelo Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Veiga de Almeida (UVA-RJ).

É organizador e autor do livro Sambo, logo Penso: Afroperspectivas filosóficas para pensar o samba, premiado e publicado pela Biblioteca Nacional em coedição com a Hexis Editora. Professor pesquisador que integra os grupos de pesquisa credenciados pelo CNPq: Poder simbólico no espaço (LAB/ ESPAÇO-IPPUR/UFRJ), Afrosin (Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Interseções/ Instituto Multidisciplinar da UFRRJ), Racismo e Sociedade (Reflexões teórico-críticas sobre o fenômeno racial no Ocidente) do Colégio Federal Pedro II (CPII) e do Laboratório de Licenciatura e Pesquisa sobre o Ensino de Filosofia – LLPEFIL/UERJ.

Professora Ludmila Duarte

Graduada em Pedagogia pela UERJ-FFP, com especialização em magistério das séries iniciais. Pós-graduada em Gestão Educacional e Psicopedagogia, pela AEDB-RJ – Resende. Atualmente faz Especialização em EAD, pela UFF-CEAD. Atua na coordenação pedagógica do colégio Divina Providência-RJ. Atuou como Pedagoga do SESI-RJ em projetos de elevação de escolaridade para trabalhadores da construção civil. Coordenou escola de ensino médio na cidade de Itaboraí-RJ, GAP-Colégio Aprovação. Faz tutoria de curso de pós (especialização) pela UFF, em Gestão da Saúde Pública. Já realizou tutoria pelo CEDERJ em curso de graduação, licenciaturas, pela UFRRJ. Lecionou em cursos de capacitação pedagógica para professores da rede pública municipal e estadual na cidade de Resende-RJ, pelo SENAC.

Em sala de aula atuou como docente em oficinas de desenvolvimento para o mercado de trabalho, cursos de secretariado escolar, educação infantil e ensino fundamental e EJA. Coordenou curso de secretário escolar, SENAC-Resende. Atua na área de Educação há 15 anos, em diferentes frentes e com um olhar de transversalidade para os processos educativos tão necessários para a humanização do SER Humano.


A Editora

HEXIS é um selo editorial da Ali Comunicação e Marketing, empresa fundada em 2009, voltada para comunicação empresarial e edição de livros. A HEXIS é dedicada às Humanidades, voltada especialmente para o público diletante e universitário, interessado em Ciências Humanas, Filosofia e Letras.

Hexis, em grego arcaico, significa disposição ética ou hábito. E isso nos diz respeito enquanto editora, pois a nossa finalidade é cultivar com ética e disposição um hábito a ser ampliado em nossa cultura: a produção e difusão de ideias.

Atualmente conta com cerca de 20 títulos publicados, três deles em coedição com a Biblioteca Nacional e outros com o apoio de instituições como Petrobras, IFCS/UFRJ e PUC-Rio.

Orelha do livro “Tudo é Filosofia”

O que vem a ser “fazer filosofia”? De imediato, percebemos que “fazer filosofia” é lançar-se para além das palavras, para além do Logos, pois a filosofia é a “vertigem do pensamento”, diria Platão.

Pra “fazer filosofia” é preciso colocar-se diante do mundo, é chocar-se com esse estranhamento que é estar no mundo. Por isso é que, para o jovem David da Silva , “a filosofia assusta”. É como estar embriagado e sentir a necessidade de orientar-se em meio à confusão das ideias. Em que sentido, em que sentido!!??, pergunta Alice no País das Maravilhas. Entre a loucura abissal e a razão celestial vê-se insurgir a imaginação como força modeladora do espírito. É preciso uma imaginação criadora que dê conta da realidade, ou como diz a pequena filósofa Ágatha Vianna “a realidade é quem sonhamos ser”.  “Fazer filosofia” é o despertar da imaginação.

A leitura dos aforismos filosóficos das crianças nesta obra paradidática, com suas frases incompletas, com os problemas apenas esboçados, com seus léxicos titubeantes, seus nexos desconexos, o afloramento de pensamentos em seu estado germinal, nos revelam a natureza do espírito humano, seu vagar canhestro e seu ziguezaguear vacilante, que se esconde por detrás da armadura lógica que os homens (leia-se os adultos) construíram para se protegerem do assalto abismal do espírito. Entre o “sublime” kantiano e o “espantamento” de Gaia Rizzin, “sem o qual o nascimento da filosofia não seria possível”, fico com o “espantamento” de Gaia. Pois é através das imagens fugidias que o espírito elabora o conhecimento e constrói a realidade, ou, como diz mais uma vez nossa pequena filósofa Ágatha Vianna, “a filosofia guarda o conhecimento que o espanto mostrou”.

Espantar-se, abismar-se é algo que somente as crianças são capazes de fazer. Para “fazer filosofia” é preciso, portanto, ter um olhar de criança para com o mundo, e descobrir nele, nesse olhar, o princípio do lúdico. Mas para isso é preciso exercer um humor filosófico e extrair daí uma alegria visceral, pois, como diz Cauan Onety de Carvalho, “O mundo sem filosofia seria um mundo burro”.

Uma boa leitura para todos.

Professor Ricardo Cezar Cardoso

Doutorando em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Mestre em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.